O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, iniciou seu terceiro mandato em 10 de janeiro de 2025, e o Brasil foi representado pela embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira. Em contrapartida, a cerimônia de posse em 2019, quando o governo brasileiro era comandado por Jair Bolsonaro, foi marcada pela ausência de representação oficial. Naquela ocasião, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, esteve presente, gerando críticas, mas ela defendeu sua postura como um ato de respeito à soberania venezuelana, destacando que a situação do país deveria ser decidida pelo seu povo.
O relacionamento entre Brasil e Venezuela se deteriorou ao longo dos últimos anos, especialmente após as eleições presidenciais de 2024, que geraram controvérsias quanto à transparência do processo. O governo brasileiro não reconheceu a vitória de Maduro devido à falta de divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Em resposta, o Brasil, junto a outros países como Colômbia e México, tentou facilitar um diálogo entre o governo de Maduro e a oposição, mas sem sucesso. A tensão resultante também levou o Brasil a vetar a adesão da Venezuela aos Brics.
Apesar das divergências, o governo brasileiro cumpriu o protocolo diplomático ao enviar a embaixadora para a cerimônia de posse, conforme afirmou o assessor especial Celso Amorim. Este movimento reflete a continuidade das relações diplomáticas entre os dois países, mesmo diante das tensões políticas e das críticas sobre o processo eleitoral venezuelano. O governo brasileiro segue demonstrando insatisfação com a falta de transparência no processo eleitoral da Venezuela, sem, no entanto, romper completamente os laços diplomáticos.