O assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou que o Brasil seguiu o rito diplomático ao manter a decisão de enviar a embaixadora Glivânia Oliveira para a posse de Nicolás Maduro na Venezuela. Apesar de o novo mandato de Maduro ser contestado, o Brasil optou por manter a presença da diplomata na cerimônia, que aconteceu em Caracas. Amorim explicou que a decisão reflete o respeito pela relação diplomática entre os países.
No entanto, o governo brasileiro reavaliou a ida da embaixadora ao evento após a detenção de uma líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, durante protestos na capital. Fontes do Itamaraty ponderaram que era necessário compreender o contexto e os desdobramentos da situação na Venezuela antes de tomar qualquer atitude. A oposição teria tentado chamar a atenção dos Estados Unidos à véspera da posse de Donald Trump.
Apesar de não enviar um representante de maior hierarquia, o Brasil manteve sua postura pragmática e continuou a sinalizar a insatisfação com a falta de transparência nas eleições venezuelanas. A diplomacia brasileira destaca a importância de manter relações com a Venezuela, considerando a relevância do país como vizinho estratégico. O governo brasileiro reafirma seu compromisso com o diálogo, mesmo sem reconhecer formalmente a vitória de Maduro.