O Brasil continua a ocupar a segunda posição no ranking global de juros reais, com uma taxa de 9,18% ao ano, atrás apenas da Argentina, que registrou 9,36%. Esse cenário foi impulsionado pela recente elevação da Selic para 13,25% ao ano, determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A média dos juros reais entre os países analisados no estudo foi de apenas 1,34%. A Argentina, que estava com juros reais negativos, surpreendeu ao assumir a liderança, beneficiada por projeções de inflação mais moderadas e taxas de juros mais atraentes para investidores internacionais.
Além do Brasil e da Argentina, outros países que se destacam no ranking são a Rússia, o México e a Indonésia, com taxas de juros reais de 8,91%, 5,52% e 5,13%, respectivamente. O estudo também mostrou que, entre as 40 economias avaliadas, a maioria manteve ou reduziu suas taxas de juros, com exceção do Brasil e do Japão, que aumentou sua taxa de 0,25% para 0,50% ao ano. Apesar do alto nível de juros reais, o Brasil ainda ocupa a quarta posição em termos nominais, atrás da Turquia, da Argentina e da Rússia.
No lado oposto, 12 economias possuem juros reais negativos, como o Japão e a Turquia, com taxas de -1,32% e -6,0%, respectivamente. Esse cenário destaca as disparidades nas políticas monetárias globais e as diferentes condições econômicas enfrentadas por cada país. O levantamento evidencia a importância dos juros reais na atração de investidores e no impacto das decisões de política monetária sobre as economias em um contexto internacional.