Em janeiro de 2025, o Brasil passou a liderar o ranking mundial de juros reais, depois que a Argentina, que ocupava a primeira posição até então, reduziu sua taxa de juros em 3 pontos percentuais. O Banco Central argentino anunciou a redução da taxa de política monetária de 32% para 29%, decisão que é atribuída à consolidação das expectativas de inflação mais baixa. Com isso, o juro real argentino caiu para 6,14%, o que fez o país cair para a terceira posição no ranking, atrás do Brasil e da Rússia.
O Brasil, por sua vez, alcançou o topo da lista após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic em 1 ponto percentual, fixando-a em 13,25% ao ano. Essa elevação contribuiu para o aumento do juro real brasileiro, que atingiu 9,18%. Já a Rússia ocupa a segunda posição, com uma taxa de juros real de 8,91%. A medida do Copom foi parte de uma série de aumentos na taxa básica de juros do país, com o Brasil observando a quarta alta consecutiva desde dezembro de 2024.
A inflação da Argentina, embora ainda alta, teve uma desaceleração significativa, encerrando 2024 em 117,8%, um número consideravelmente inferior aos 211,4% registrados em 2023. Esse alívio nas taxas de juros argentinas reflete uma tentativa de controlar a inflação, mas também resultou na queda de sua posição no ranking global de juros reais, destacando o impacto das políticas monetárias no cenário econômico internacional.