O Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu o Centro de Operações de Emergência (COE) para coordenar ações de combate à dengue e outras arboviroses, com foco no planejamento e na resposta integrada entre diferentes esferas de governo e instituições científicas. A criação do COE visa antecipar-se ao período sazonal da dengue, fortalecendo as redes de saúde, ampliando medidas preventivas e criando uma articulação nacional para lidar com eventuais surtos críticos.
Além disso, o governo lançou um novo Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, com ações que incluem a expansão do método Wolbachia e a utilização de insetos estéreis, além da instalação de estações disseminadoras de larvicidas. O plano também prevê borrifação residual em áreas de grande circulação, como escolas e asilos, e o uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para controlar a disseminação do mosquito transmissor. O objetivo é ampliar as medidas preventivas e melhorar a preparação da rede assistencial para conter o avanço das doenças.
Em relação à vacinação, o governo já adquiriu 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue para 2025 e planeja intensificar a imunização entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, especialmente considerando que um número significativo de doses ainda não foi utilizado em 2024. O cenário epidemiológico de 2024 foi alarmante, com 6,4 milhões de casos de dengue e 6 mil óbitos, e em 2025 já foram registrados mais de 10 mil casos prováveis da doença.