O Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrentou desafios em seu papel como mediador de crises internacionais, como o conflito na Ucrânia e a guerra em Gaza. Embora Lula tenha sido visto como uma figura disposta a negociar, a falta de interesse de algumas partes envolvidas e os complexos jogos de poder globais dificultaram qualquer mediação significativa. Em diversas ocasiões, o país se posicionou a favor de um cessar-fogo ou de soluções diplomáticas, mas suas propostas frequentemente esbarraram em vetos ou recusas de países-chave, como os Estados Unidos.
No caso da Ucrânia, o Brasil tentou se envolver por meio de diálogos com ambos os lados do conflito, mas as tensões com o presidente ucraniano, que criticou publicamente o governo brasileiro, e a falta de consenso entre as potências mundiais, dificultaram o avanço das negociações. Já em relação à Venezuela, Lula procurou aproximar-se de Nicolás Maduro, embora as distâncias políticas e os questionamentos sobre a legitimidade das eleições venezuelanas tenham esfriado as relações. O Brasil, em sua busca por uma postura equilibrada, tem se visto em um papel mais político do que como um mediador ativo.
A guerra em Gaza representou um novo obstáculo para a diplomacia brasileira, que buscou uma resolução na ONU, mas enfrentou resistência dos Estados Unidos. A situação piorou quando o presidente brasileiro fez comparações controversas com o regime nazista, o que gerou uma crise diplomática com Israel. Para especialistas, o Brasil ainda possui um potencial para mediar, mas precisa lidar com limitações estruturais da ONU e a falta de interesse das partes envolvidas. A política externa brasileira, muitas vezes considerada como equilibrada, pode ser vista como indesejável por algumas nações, o que reduz sua influência em situações de conflito global.