O Brasil enfrentará um dos maiores déficits nominais do mundo em 2024 e 2025, com as previsões indicando um déficit de 7,8% do PIB em 2024 e 8,6% em 2025, conforme estudo do banco BTG Pactual. Esse resultado coloca o país entre as economias com os piores desempenhos fiscais, com exceção da Bolívia. O estudo aponta que, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o déficit nominal médio será de 8,2% do PIB, o que representa um aumento em relação aos 7% do PIB observados no governo anterior.
A dívida pública brasileira também deverá crescer nos próximos anos, com uma estimativa de que atinja 86% do PIB até 2026, refletindo uma tendência de alta contínua. Esse aumento da dívida tem impactos diretos no custo do financiamento do país, já que os investidores exigem juros mais altos devido ao maior risco percebido. A política fiscal expansionista, aliada à alta da taxa de juros e à inflação, contribui para esse cenário, tornando o Brasil um destino menos atraente para os investimentos estrangeiros.
O governo espera equilibrar as contas públicas com a implementação de regras fiscais definidas pelo arcabouço fiscal aprovado em 2023. A expectativa é que, a médio prazo, o país consiga gerar superávit primário, o que permitiria reduzir a dívida pública. No entanto, sem uma estratégia eficaz de controle dos gastos, o Brasil continuará enfrentando desafios fiscais significativos, o que pode afetar a confiança dos investidores e a estabilidade econômica.