O Brasil estabeleceu como meta adaptar o currículo escolar à revolução digital, mas enfrenta desafios significativos, como a falta de laboratórios de informática e de acesso à internet em muitas escolas. Enquanto o país busca incluir a tecnologia nas salas de aula, a realidade de diversas regiões é marcada pela escassez de equipamentos e a ausência de treinamento adequado para professores. O modelo uruguaio, que distribuiu computadores para todos os alunos desde 2007, mostra um caminho mais avançado, com escolas equipadas com tecnologia de ponta e professores preparados para integrar os dispositivos ao aprendizado.
Apesar de algumas escolas públicas brasileiras estarem implementando o uso de computadores e inteligência artificial, ainda é comum a falta de infraestrutura em muitas unidades. Em áreas rurais e periferias, os alunos enfrentam uma grande desigualdade no acesso à tecnologia, o que prejudica seu aprendizado e prepara-os de forma desigual para o mercado de trabalho. A falta de equipamentos, como em uma escola do interior do Piauí, onde há apenas três computadores para 230 alunos, é um reflexo de uma realidade ainda distante de uma educação digital inclusiva e de qualidade.
O Brasil se encontra em um momento crítico para reduzir essa desigualdade e melhorar o ensino, principalmente diante de desafios como a inclusão de computação no currículo e a adaptação da educação ao mundo digital. A meta de universalizar a internet nas escolas até 2026 é essencial, mas ainda há muito a ser feito. A ministra da Educação destaca a necessidade de uma colaboração entre esferas de governo e sociedade para superar esses obstáculos e garantir que todos os alunos, independentemente de sua origem, tenham acesso a uma educação moderna e igualitária.