O Brasil registrou a maior epidemia de dengue de sua história em 2024, com mais de 6,6 milhões de casos prováveis e mais de 6 mil mortes. Em 2025, o país já conta com mais de 101 mil casos e 15 mortes confirmadas. O sorotipo 3 (DENV-3), que não circulava no país desde 2008, é uma preocupação crescente, pois pode afetar uma população desprotegida, especialmente os mais jovens. Especialistas alertam que a falta de imunização contra esse sorotipo aumenta os riscos de infecções graves, o que pode resultar em complicações mais severas, como a dengue hemorrágica.
O combate à dengue depende de medidas preventivas e do controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti. A eliminação de criadouros e o uso de tecnologias como a Wolbachia, que reduz a capacidade de transmissão do mosquito, são essenciais. Além disso, as autoridades enfatizam a importância de uma infraestrutura de saúde preparada, com médicos capacitados, postos de hidratação e atendimento rápido para evitar mortes. A população também deve colaborar, vedando reservatórios e utilizando repelentes para reduzir a transmissão do vírus.
A vacina Qdenga, incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), começou a ser distribuída no final de 2023, mas, devido à disponibilidade limitada, não é suficiente para frear a transmissão em larga escala. Até janeiro de 2025, menos de 5% da população brasileira foi vacinada. Enquanto isso, o manejo adequado de casos e a conscientização da população são fundamentais para mitigar o impacto da epidemia. O Instituto Butantan também está avançando na produção de uma nova vacina contra a dengue, que promete ser uma solução importante no combate à doença.