O Brasil e a França assinaram um acordo de cooperação para combater o garimpo ilegal de ouro na Amazônia, com foco na repressão a crimes transfronteiriços. O pacto inclui a implementação de dois programas principais: o “Ouro Alvo”, que rastreia a origem do ouro extraído na região, e o “Brasil M.A.I.S.”, um software de monitoramento da floresta Amazônica por meio de imagens de satélite. Esses programas visam auxiliar na identificação e prevenção de crimes ambientais e lavagem de dinheiro ligados ao garimpo ilegal.
A colaboração entre os dois países também envolve a troca de informações e a realização de operações conjuntas de segurança. Autoridades da Polícia Federal brasileira e da Gendarmerie da Guiana Francesa terão acesso mútuo a amostras de ouro para análise, com o intuito de mapear a origem geológica do metal. A estratégia inclui ainda a troca mensal de relatórios entre as autoridades de ambos os países sobre o combate às atividades criminosas, incluindo o transporte ilegal de ouro e substâncias químicas.
O acordo, válido por quatro anos, estabelece que as autoridades competentes se reúnam regularmente para coordenar ações e reforçar a cooperação no combate ao garimpo ilegal. A parceria também prevê a realização de operações de fiscalização nos dois lados da fronteira, com foco em práticas ilegais associadas ao setor mineral. A assinatura do acordo em Paris foi um desdobramento de discussões anteriores entre os presidentes do Brasil e da França, refletindo um compromisso mútuo com a preservação ambiental e o combate ao crime organizado na região amazônica.