Diplomatas e membros do governo Lula demonstram pouco receio em relação à postura do novo governo de Donald Trump em relação ao Brasil, acreditando que o país será, provavelmente, ignorado pelo presidente americano, como ocorreu durante seu mandato anterior. Mesmo com o forte gesto de apoio de Jair Bolsonaro, que lhe declarou publicamente “I love you” na ONU, Trump não tomou ações significativas. Contudo, a situação pode mudar dependendo das atitudes de Elon Musk, cuja postura desafiadora no Brasil no passado levou a uma alteração na forma de ação do governo.
A relação entre Brasil e Estados Unidos é marcada pelo pragmatismo, com mais de 200 anos de história, e se manteve estável mesmo durante períodos de diferenças políticas, como nos governos de George Bush e Lula. Embora alguns acreditam que Lula possa estabelecer uma relação amigável com Trump, como foi com Bush em 2002, esse cenário parece improvável devido ao contexto atual. O governo brasileiro não deseja confrontos com o novo presidente americano, mas a dinâmica da relação dependerá de fatores externos.
O retorno de Trump à Casa Branca também deve fortalecer a direita no Brasil e intensificar o poder das grandes empresas de tecnologia, alinhadas com demandas de setores mais conservadores globalmente. Esse novo contexto pode influenciar diretamente a eleição de 2026, afetando a agenda política e a postura do governo brasileiro em relação aos Estados Unidos, à medida que as tensões internacionais e as influências externas se intensificam.