O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos para melhorar a comunicação e monitoramento das deportações de brasileiros. O objetivo da iniciativa é garantir que os deportados sejam tratados com dignidade e respeito, além de facilitar a troca de informações sobre os voos de deportação, com acompanhamento em tempo real das operações.
A medida foi discutida durante uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros no Palácio do Planalto, que também decidiu estabelecer um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais, para receber os deportados. Esse terminal foi escolhido devido ao fato de ser o destino frequente dos voos fretados pelo governo dos Estados Unidos nos últimos anos. A criação do GT visa aprimorar as condições dessas operações, especialmente após uma série de incidentes ocorridos durante um voo recente.
A mobilização do governo brasileiro segue após a polêmica envolvendo um voo de deportação que sofreu problemas técnicos e denunciou abusos, como passageiros algemados durante todo o trajeto e relatos de agressões. Após esse incidente, a Polícia Federal interveio para garantir os direitos dos deportados, o que resultou na realocação dos passageiros para um novo voo. Este episódio gerou insatisfação diplomática, levando o Brasil a convocar uma reunião com autoridades dos EUA para tratar da situação.