O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou, nesta quarta-feira (29), a criação de um grupo de trabalho conjunto com a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. A medida visa coordenar os voos de retorno dos brasileiros deportados, garantindo mais segurança e um tratamento respeitoso aos passageiros. O grupo também terá a responsabilidade de aprimorar a operacionalização dos voos e garantir o cumprimento dos direitos dos deportados.
A decisão foi tomada após relatos de dificuldades enfrentadas pelos brasileiros deportados em um voo que chegou ao Brasil na última sexta-feira (24). Os deportados mencionaram problemas como alimentação inadequada, falhas técnicas no avião, além de agressões e maus-tratos durante a viagem, que teve uma escala em Manaus antes de seguir para Minas Gerais. A criação de um posto de acolhimento no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, também foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visando dar suporte às pessoas que retornam ao país.
O próximo voo com deportados está programado para o dia 7 de fevereiro, com partida da Louisiana. Assim como no voo anterior, a aeronave deverá fazer uma escala em Manaus antes de seguir para Belo Horizonte. O número exato de brasileiros que serão deportados ainda não foi informado pelas autoridades norte-americanas, que já haviam planejado essa operação desde o final do governo de Joe Biden.