Desde 2009, o Brasil tem registrado um saldo negativo nas trocas comerciais com os Estados Unidos, comprando mais do que vende. Em 2024, a diferença foi pequena, com o Brasil gastando US$ 40,5 bilhões em importações e os americanos adquirindo US$ 40,3 bilhões em produtos brasileiros, resultando em um déficit de US$ 253 milhões. O Brasil exporta principalmente petróleo, ferro, aço e café, enquanto importa combustíveis, gás natural e peças de aviação. Essa troca reflete uma relação econômica de interdependência, destacando o comércio bilateral como uma via de mão dupla, na qual ambos os países se beneficiam.
A promessa de Donald Trump de implementar tarifas comerciais para diversas nações, incluindo o Brasil, gera apreensão sobre os impactos na economia global e nos laços comerciais entre os dois países. Especialistas afirmam que, embora a retórica de Trump sugira uma diminuição das relações, a realidade econômica é diferente, pois os Estados Unidos dependem do Brasil para a importação de produtos essenciais, como aviões da Embraer. A troca de componentes entre os dois países ilustra a complexidade dessa interdependência.
Apesar das declarações de Trump, analistas destacam que a economia globalizada, que ajudou os Estados Unidos a alcançar seu status de maior economia do mundo, não pode ser ignorada. O Brasil é um parceiro comercial estratégico para os Estados Unidos, e qualquer tentativa de reduzir as trocas pode ser prejudicial para ambas as economias. Portanto, a relação entre os dois países parece se basear em pragmatismo, com a necessidade mútua de manter um fluxo comercial equilibrado e vantajoso.