O governo brasileiro anunciou a criação de um centro de acolhimento para brasileiros deportados dos Estados Unidos após críticas sobre as condições degradantes a que foram submetidos. 88 cidadãos brasileiros chegaram ao Brasil no último fim de semana, transportados algemados e acorrentados, o que gerou uma reação oficial do Brasil, que questionou a violação dos direitos humanos. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, afirmou que um posto de atendimento humanitário será estabelecido em Minas Gerais para oferecer apoio aos deportados, incluindo assistência alimentar e social, além de suporte para a reintegração no mercado de trabalho.
O governo brasileiro, em resposta às deportações, pediu explicações aos Estados Unidos sobre o uso indiscriminado de algemas, alegando que tal prática vai contra acordos bilaterais e os direitos dos deportados. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o tratamento dos deportados em território nacional é de responsabilidade do Brasil, embora a deportação esteja amparada por tratados internacionais. O episódio gerou tensões diplomáticas, mas o Brasil buscou minimizar conflitos, enfatizando a necessidade de garantir a dignidade dos cidadãos em solo brasileiro.
Além da criação do centro de acolhimento, o governo brasileiro também está analisando formas de financiar o apoio a imigrantes, especialmente após a suspensão de repasses dos Estados Unidos para organizações que assistem refugiados no Brasil. Em uma reunião no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutiu com ministros e autoridades da Força Aérea Brasileira as melhores estratégias para apoiar os deportados, buscando evitar que suas famílias sejam separadas e garantir condições adequadas de acolhimento e reintegração.