Em 13 de janeiro de 2025, o Brasil celebra os 20 anos da Lei 11.097/2005, que introduziu oficialmente o biodiesel na matriz energética do país. A norma, sancionada durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, estabeleceu a obrigatoriedade de misturar 5% de biodiesel no diesel comercializado, criando o diesel B. Essa medida visava substituir o diesel fóssil, menos sustentável, por uma alternativa renovável. Com o tempo, a mistura obrigatória aumentou, e a previsão é que, a partir de março de 2024, a composição atinja 14% de biodiesel.
O avanço do setor ao longo dessas duas décadas resultou na produção de 77 bilhões de litros de biodiesel, gerando economia de 38 bilhões de dólares em importações de diesel e evitando a emissão de 240 milhões de toneladas de CO2. O crescimento contínuo da produção e o uso do biocombustível ajudaram a promover o desenvolvimento sustentável, oferecendo oportunidades tanto econômicas quanto sociais. Em 2023, o Brasil produziu mais de 7,5 bilhões de litros de biodiesel, com uma expansão de 19% em relação ao ano anterior.
Apesar dos avanços, o país enfrenta desafios, como a dependência da soja para a produção de biodiesel, que representa 69,15% das matérias-primas utilizadas. Para mitigar essa vulnerabilidade, o governo tem incentivado a diversificação, incluindo o uso de óleos de cozinha usados e gorduras animais. Em 2024, novas políticas públicas visam expandir a produção de biocombustíveis, como o Combustível Sustentável de Aviação e o diesel verde, promovendo uma transição energética mais inclusiva e resiliente, com foco no uso sustentável de fontes renováveis.