O Brasil registrou um pequeno déficit comercial com os Estados Unidos em 2024, totalizando US$ 253 milhões, o que não deve afetar negativamente as relações econômicas entre os dois países. O governo brasileiro planeja intensificar a cooperação comercial e aprofundar os vínculos com os EUA, que continuam sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil. A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Tatiana Prazeres, destacou que o Brasil acumula superávit nas contas globais, o que deve ser levado em conta pelas autoridades americanas.
Apesar do déficit com os EUA, o Brasil obteve recordes em exportações para diversos países em 2024, como Estados Unidos, Espanha, Canadá e Emirados Árabes Unidos. Aumento nas exportações de produtos como automóveis, aeronaves, carnes e minério de ferro foi observado, enquanto as exportações para a China caíram devido à desaceleração econômica chinesa e à queda no preço das commodities. As boas relações comerciais e os fortes vínculos empresariais entre Brasil e EUA devem assegurar que a parceria seja preservada e privilegiada.
No campo das importações, o Brasil registrou um crescimento de 9% em 2024, com destaque para a aquisição de bens de capital, que atingiram o maior nível em dez anos. Esse aumento, de 20,6% em valores, indica um esforço do país em investir em sua capacidade produtiva. A secretária Tatiana Prazeres mencionou que o governo buscará manter a estabilidade das relações comerciais, utilizando canais de diálogo como o Diálogo Comercial Brasil–Estados Unidos para fortalecer os laços econômicos entre as duas nações.