Diplomatas no Brasil estão se preparando para um cenário de possíveis tensões internacionais, em resposta às propostas expansionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que inclui ameaças de anexação de territórios como a Groenlândia. Embora o governo de Lula ainda aguarde uma radicalização mais concreta das ações de Trump, já existem movimentações para fortalecer relações com a União Europeia, especialmente com Alemanha e França, e ampliar os contatos com China e Índia, países integrantes do Brics. A estratégia é posicionar os países emergentes como líderes na defesa da estabilidade global e do desenvolvimento econômico.
O governo brasileiro também planeja reforçar seu papel nas principais discussões internacionais, como a COP e o Brics, onde se buscará dar visibilidade ao Movimento em Defesa da Democracia, já defendido por Lula no G20. O cenário atual aponta que, se as propostas de Trump forem implementadas, os Estados Unidos poderiam perder a posição de referência democrática no mundo, enfraquecendo ainda mais seus laços com a Otan, além de criar novas tensões com a União Europeia, que já enfrenta desafios internos.
Além disso, a presença de figuras como Elon Musk e Mark Zuckerberg no contexto da administração de Trump traz preocupações sobre o impacto das políticas americanas nas relações internacionais. Musk, por exemplo, tem promovido candidatos de extrema direita na Alemanha, e Zuckerberg tem pressionado por mais influência sobre a regulação das redes sociais na Europa. O Brasil, ao presidir eventos de relevância global, busca reafirmar sua posição diplomática enquanto lida com um cenário de crescente polarização no cenário internacional.