Em 2024, o Brasil superou suas próprias expectativas ao instalar 14,3 gigawatts (GW) de energia solar fotovoltaica, estabelecendo um novo recorde anual. Com esse avanço, a capacidade operacional de energia solar do país atingiu 52,2 GW, refletindo um aumento significativo de 30% nos investimentos, que somaram R$ 54,9 bilhões. Essa expansão inclui desde pequenos sistemas de geração distribuída, como os instalados em residências e comércios, até grandes usinas solares. A geração distribuída, que representa a maior parte do crescimento, teve um acréscimo de 8,7 GW, enquanto a geração centralizada, com grandes usinas, adicionou 5,7 GW.
Apesar desse crescimento notável, o Brasil ainda tem um grande potencial inexplorado, já que apenas 5% dos consumidores de energia no país utilizam a energia solar, um percentual muito abaixo de países como a Austrália, onde mais de 33% da população adota a fonte solar. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) estima que o Brasil já conta com mais de 3,1 milhões de sistemas solares em operação, beneficiando 4,6 milhões de unidades consumidoras. A energia solar responde por 21,3% da matriz elétrica nacional, ficando atrás apenas da hidreletricidade.
O crescimento do setor é visto como essencial para acelerar a transição energética do país, com foco na descarbonização. Apesar do progresso, especialistas apontam que o Brasil ainda tem muito espaço para expandir o uso de energia solar, especialmente considerando a alta incidência solar em diversas regiões do país. O investimento em tecnologia e infraestrutura é considerado fundamental para que o Brasil atinja seu pleno potencial como líder mundial em energia solar.