O Brasil assume, nesta quarta-feira (1º), a presidência dos Brics, um grupo de economias emergentes que, no ano passado, expandiu sua composição de cinco para dez membros. A principal tarefa do governo brasileiro será fortalecer a institucionalidade do grupo, o que inclui ajustar as mudanças recentes, como a inclusão de novos países, e estabelecer diretrizes claras para a rotação da presidência. A presidência também precisa definir a participação de países parceiros, uma nova categoria criada durante o mandato da Rússia, que não tem direito a veto nem a participação plena nos grupos de trabalho.
Além de consolidar a expansão do bloco, o Brasil pretende dar continuidade a discussões essenciais, como o uso de moedas locais no comércio entre os países membros e a reforma da governança global. Outras questões centrais serão mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e a governança sobre a inteligência artificial. O país também deve fazer avançar o processo de adesão de mais nações à condição de “membro parceiro”, ampliando a influência e a cooperação do bloco.
Com uma agenda concentrada principalmente no primeiro semestre de 2025, o Brasil buscará estabelecer uma transição eficiente entre as reuniões do G20 e a COP30, que será o foco no segundo semestre. A presidência brasileira será marcada por cerca de cem reuniões, sendo a maioria até julho. Embora o prefeito do Rio de Janeiro tenha solicitado a realização da Cúpula de Líderes na cidade, a decisão final sobre o local ainda não foi tomada, com a capital federal sendo o principal centro das demais reuniões ministeriais e técnicas.