Em 2024, o Brasil atingiu um marco histórico ao adicionar 14,3 gigawatts (GW) de potência solar fotovoltaica à sua matriz energética, totalizando 52,2 GW de capacidade instalada. Esse crescimento de 30% nos investimentos em comparação a 2023, que somaram R$ 54,9 bilhões, superou as expectativas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que havia projetado um aumento de 9,3 GW. A principal fonte de crescimento foi a geração distribuída, com 8,7 GW adicionados, enquanto a geração centralizada, com grandes usinas, contribuiu com 5,7 GW.
A geração distribuída, que envolve a instalação de painéis solares em telhados e outros espaços privados para o consumo próprio, tem se mostrado a mais dinâmica, respondendo por 67,3% da nova capacidade. Esse tipo de geração é especialmente relevante para consumidores residenciais e comerciais que buscam reduzir custos com energia elétrica. Já a geração centralizada, voltada para usinas de grande porte, representa 32,7% do total e se destina principalmente à comercialização de energia e ao abastecimento de grandes indústrias.
Apesar dos avanços significativos, o Brasil ainda enfrenta desafios em aproveitar totalmente seu potencial solar. Com mais de 93 milhões de consumidores de energia elétrica, menos de 5% utilizam a energia solar, o que indica um grande espaço para crescimento. A comparação com países como a Austrália, onde mais de 33% dos consumidores geram sua própria eletricidade a partir do sol, destaca o potencial inexplorado do Brasil no setor.