O Brasil passou a liderar o ranking mundial de juros reais, após o Banco Central da Argentina reduzir a taxa básica de juros de 32% para 29%, enquanto o Brasil aumentava a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. Esse movimento resultou em um juro real brasileiro de 9,18%, superando a Rússia (8,91%) e a Argentina (6,14%). O Brasil ocupa ainda a quarta posição no ranking dos juros nominais, atrás da Turquia (45%), Argentina (29%) e Rússia (21%).
O juro real é calculado levando em consideração a taxa de juros nominal de um país, descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses. Esse indicador é importante para os investidores, pois reflete o ganho real de suas aplicações. O recente aumento da Selic no Brasil reflete as altas taxas de inflação e as condições econômicas do país, além das preocupações com a sustentabilidade fiscal, que continuam a manter as expectativas de inflação elevadas.
Apesar da alta dos juros, o Brasil se beneficia de uma posição estratégica em termos de investimentos. O juro real atrai investidores para a renda fixa brasileira, especialmente quando comparado a outros países. No entanto, a continuidade do aumento da Selic dependerá dos próximos movimentos da economia e do comportamento da inflação nos próximos meses.