A crescente violência contra opositores do governo da Venezuela levou o Brasil a adotar uma postura mais firme, com o Ministério das Relações Exteriores reforçando seu compromisso com os valores democráticos e os direitos humanos no país vizinho. A condenação pública do Itamaraty à prisão e perseguição de adversários de Nicolás Maduro representa uma das manifestações mais duras do governo brasileiro desde as eleições venezuelanas de 2024.
Apesar das críticas, o Brasil ainda não rompeu completamente com a Venezuela. O governo brasileiro, por meio de sua diplomacia, continua mantendo relações protocolares e restritas, focadas em altos níveis de diálogo, como evidenciado pelo envio da embaixadora brasileira para a posse de Maduro. O Itamaraty, embora crítico, não indicou mudanças significativas no relacionamento bilateral, evidenciando uma postura de cautela diplomática.
A relação entre os dois países se tornou ainda mais tensa após o veto brasileiro à entrada da Venezuela no BRICS, durante uma reunião do grupo em 2024. A recusa em reconhecer a vitória de Maduro nas eleições de 2024 também contribuiu para o distanciamento. No entanto, o Brasil tem buscado equilibrar sua crítica à repressão interna na Venezuela com a manutenção de um canal de comunicação diplomático, sem romper totalmente as relações.