O termo “brain rot” (cérebro podre) descreve a deterioração mental causada pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais, especialmente em plataformas digitais. Ele reflete uma crescente preocupação social com os efeitos prejudiciais do consumo compulsivo de informações de baixa qualidade, como notícias sensacionalistas e entretenimento vazio. Pesquisas indicam que a exposição constante a esse tipo de conteúdo pode reduzir o volume de massa cinzenta no cérebro, afetando regiões responsáveis por processos críticos como tomada de decisão, controle de impulsos e memória.
Estudos sugerem que o uso excessivo de mídias sociais e outras formas de conteúdo digital estão associados a uma diminuição na capacidade de atenção e desempenho cognitivo. As alterações cerebrais observadas são comparáveis às de dependências de substâncias, como o álcool e as drogas. Especialistas alertam para um círculo vicioso, onde indivíduos com problemas de saúde mental tendem a consumir mais esse conteúdo, o que piora seus sintomas. Além disso, o tempo excessivo de tela tem sido identificado como uma distração significativa no ambiente escolar, afetando o aprendizado e a saúde mental dos jovens.
A solução proposta por especialistas inclui estabelecer limites claros para o tempo de tela e priorizar conteúdos educativos e atividades que incentivem o engajamento físico. É fundamental também promover a educação digital crítica e políticas públicas que incentivem uma utilização mais consciente da tecnologia. Em um mundo cada vez mais digitalizado, a reflexão sobre como equilibrar o uso da tecnologia com hábitos saudáveis se torna essencial para preservar as funções cognitivas e o bem-estar mental.