A CCR (CCRO3) comunicou que o Bradesco BBI solicitou a consolidação da propriedade fiduciária sobre 281,6 milhões de ações da companhia, atualmente sob a posse do Grupo Mover, ex-Camargo Côrrea. No entanto, o Grupo Mover manifestou sua discordância quanto à viabilidade dessa consolidação, considerando que a transferência de propriedade das ações não pode ser concretizada.
O pedido do Bradesco BBI ocorre em um contexto delicado, pois o Grupo Mover enfrenta dificuldades financeiras. Em dezembro de 2024, o grupo entrou em processo de recuperação judicial, juntamente com a cimenteira InterCement. As dívidas totais do Mover são estimadas em R$ 14,2 bilhões, com credores que incluem grandes bancos como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, além de bondholders.
No processo de recuperação judicial, o Bradesco figura como o maior credor, com créditos no valor de R$ 3,077 bilhões. A disputa sobre as ações da CCR reflete a complexidade da reestruturação financeira do Grupo Mover, em que a consolidação de garantias por parte dos credores pode ter implicações significativas para as partes envolvidas.