O Bradesco BBI revisou suas projeções para o setor de petróleo, ajustando os preços-alvo de diversas empresas. Em geral, as perspectivas foram mais pessimistas, com uma redução de 24% nos preços-alvo médios para o fim do ano. O banco manteve as recomendações de compra para a maioria das empresas, com exceção da Ultrapar (UGPA3), que teve a recomendação mantida como neutra. A análise considerou fatores como a volatilidade no preço do barril, custos operacionais e o impacto das questões geopolíticas, especialmente a desaceleração econômica e o risco de uma inflação superior à meta.
O Bradesco BBI destacou suas preferências por empresas exportadoras, como Petrobras (PETR3) e PRIO (PRIO3), devido à sua maior proteção contra a desvalorização do real e os riscos econômicos internos. A Petrobras, por exemplo, continua sendo considerada uma boa aposta, com a estatal sendo favorecida pela receita dolarizada e pela dívida atrelada ao dólar. A PRIO, por sua vez, também segue como uma das principais opções no setor de exploração e produção, beneficiada pelo crescimento da produção e perspectivas favoráveis para novos campos.
Para empresas do ciclo doméstico, o banco sugeriu cautela no curto prazo, especialmente em relação a distribuidoras de combustíveis como Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3), cujos preços-alvo foram reduzidos devido ao aumento do custo da dívida e à falta de catalisadores de crescimento no horizonte imediato. A Raízen (RAIZ4) e a Cosan (CSAN3) também tiveram suas expectativas ajustadas, com reduções nos preços-alvo após revisões nas projeções de produção e investimentos. Em relação ao mercado de petróleo, o BBI observa uma tendência de alta nos preços, impulsionada por fatores geopolíticos e o aumento da demanda global.