Os borrachudos, pequenos mosquitos que medem menos de 4 milímetros, são comuns no Brasil, especialmente durante o verão, quando sua proliferação se intensifica. As picadas desses insetos provocam dor, coceira e inchaço, deixando marcas de sangue na pele. Esse desconforto é causado pela maneira como o borrachudo corta a pele ao picar, o que torna a picada mais dolorosa e visível. Além disso, essas picadas podem, em casos raros, transmitir doenças como a oncocercose, que afeta a pele e os olhos, podendo causar até cegueira.
A fêmea do borrachudo depende do sangue humano e de outros animais para se reproduzir. Seu ciclo de vida dura cerca de 45 dias, durante os quais ela pode colocar até 100 ovos. A principal forma de proteção contra esses insetos é o uso de repelentes, mas sua eficácia pode ser reduzida com a evaporação. Para prolongar a ação do repelente, especialistas recomendam o uso de cremes sem cheiro e protetor solar antes da aplicação do repelente, o que ajuda a reduzir a evaporação e aumentar a duração da proteção.
Embora os borrachudos tragam incômodos, eles desempenham um papel ecológico importante. Suas larvas e pupas servem de alimento para diversos animais, como anfíbios, répteis e peixes. A preservação ambiental, especialmente de áreas com água corrente e limpa, é fundamental para controlar a presença desses insetos. Ao manter a mata ciliar intacta e preservar os habitats naturais, é possível evitar o aumento da população de borrachudos e reduzir os impactos desse mosquito na vida das pessoas.