O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista recente, que não pretende fugir do Brasil, mesmo diante da retenção de seu passaporte e de investigações em curso sobre sua suposta participação em tentativas de golpe. Ele ressaltou que, embora tenha considerado a possibilidade de se afastar do país, especialmente após sua ida aos Estados Unidos para a posse de um novo presidente, está disposto a enfrentar qualquer processo judicial que venha a ser aberto contra ele. Bolsonaro também mencionou que a medida de retenção de seu passaporte foi adotada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte das investigações relacionadas aos eventos pós-eleição de 2022.
Além disso, o ex-presidente comentou sobre a situação política e a perspectiva para as eleições presidenciais de 2026. Ele não descartou a possibilidade de membros de sua família ou aliados políticos entrarem na disputa, destacando que a ex-primeira-dama e outros nomes da direita poderiam ser opções viáveis. Bolsonaro ainda criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o declarou inelegível, acusando-a de perseguição política. Ele comparou a situação brasileira com a de outros países, como a Venezuela, e questionou a legitimidade dos atos antidemocráticos que foram usados como base para essas ações legais contra ele.
Por fim, o ex-presidente também se pronunciou sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram manifestações contra as instituições do país, defendendo uma possível anistia para os envolvidos nesses atos. Bolsonaro expressou a esperança de que tal medida fosse aprovada sem que fosse necessário aguardar uma eleição de um possível aliado de direita em 2026, destacando que a atual situação pode ser prejudicial à política nacional e ao direito de defesa.