O ex-presidente Jair Bolsonaro declarou que não pretende fugir do Brasil, apesar de ter o passaporte retido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), após a Operação Tempus Veritatis. Ele ressaltou que, mesmo diante dos riscos legais, optou por retornar ao país após sua viagem aos Estados Unidos, ao contrário do que poderia ter feito durante o período pós-eleitoral. Bolsonaro também lamentou a impossibilidade de comparecer à posse de Donald Trump e questionou a repercussão de sua ausência, sugerindo que a decisão foi influenciada por fatores políticos internos.
Em relação às eleições de 2026, o ex-presidente indicou que a candidatura de sua ex-esposa, Michelle Bolsonaro, poderia ser uma opção viável para a direita, além de citar os filhos como possíveis alternativas. Ele fez críticas ao processo eleitoral de 2022 e ao atual cenário político, comparando a situação brasileira à de outros países com regímenes autoritários, e desafiou decisões que o consideram inelegível. No entanto, ressaltou que, se for necessário, poderia apoiar o projeto de anistia para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, enquanto defendeu a importância de uma possível mudança política para 2026.
Por fim, Bolsonaro voltou a afirmar que a perseguição política o impede de atuar livremente e acusou o sistema judicial de ser parcial. Ele se referiu a processos e investigações como tentativas de eliminar sua presença na política, alegando que a prisão de indivíduos sem justificativa clara se tornou uma prática comum no atual cenário. O ex-presidente se mostrou resistente à possibilidade de ser preso, considerando que o futuro de qualquer cidadão pode ser decidido por uma única pessoa.