Neste sábado (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhou sua esposa, Michelle Bolsonaro, ao aeroporto de Brasília, antes de seu embarque para os Estados Unidos, onde participaria da posse de Donald Trump. Durante o momento, Bolsonaro se mostrou emocionado e lamentou não poder viajar, alegando que estava sendo alvo de perseguição política. O ex-presidente, que teve seu passaporte retido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), foi impedido de comparecer ao evento devido a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, que apontou risco de fuga, uma vez que Bolsonaro está sendo investigado em vários casos.
Em entrevista com jornalistas, Bolsonaro afirmou que se considera um “preso político” no Brasil, apesar de não estar usando tornozeleira eletrônica. Ele também expressou sua frustração pelo fato de não poder comparecer a um evento que, segundo ele, representaria não apenas sua figura, mas também milhões de pessoas que o apoiam no país. O ex-presidente mencionou que havia agendado encontros com líderes estrangeiros, incluindo Donald Trump, e que sua presença na posse seria significativa para a representação política da direita no Brasil.
Bolsonaro também se referiu à sua inelegibilidade, destacando que Trump está ciente da situação política no Brasil e sugeriu que o ex-presidente dos Estados Unidos poderia colaborar com a democracia brasileira, ajudando a superar as barreiras políticas que o afastam de atividades internacionais. A situação revela o clima de tensão política no país e as dificuldades enfrentadas por Bolsonaro em suas tentativas de se engajar em atividades diplomáticas e públicas fora do Brasil.