O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 18, que está constrangido por não poder participar da cerimônia de posse de Donald Trump, marcada para segunda-feira, 20, em Washington. Em declarações feitas no Aeroporto de Brasília, ele disse esperar que o apoio de Trump possa ajudar a reverter sua inelegibilidade no Brasil, que foi decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro não detalhou como isso seria possível, mas fez uma analogia entre sua situação e a de Trump, sugerindo que ambos enfrentam o que chamam de “lawfare” – perseguições políticas por meio de processos judiciais.
Bolsonaro também comentou sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mencionando que sofre uma perseguição política intensa por parte do magistrado, que, em sua visão, tem controle sobre o processo eleitoral no Brasil. O ex-presidente não demonstrou preocupação com os crimes que aparecem em seu indiciamento pela Polícia Federal, mas expressou desconforto com a situação em geral. Ele ressaltou que a ausência de sua viagem aos Estados Unidos foi uma decisão judicial e comentou sobre a retensão de seu passaporte, uma medida tomada por Moraes, com base no risco de fuga do ex-presidente.
Enquanto isso, Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama, reiterou as críticas ao que consideram uma perseguição contra o marido, destacando que ele é visto como uma figura de grande influência na política brasileira, especialmente à direita. Ela não especificou quem seriam as figuras temerosas com sua popularidade, mas reforçou a ideia de que a liderança de Bolsonaro continua sendo uma referência significativa no cenário político.