O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou, em uma live da revista VEJA, sobre a polêmica envolvendo a possível taxação do Pix. Durante seu governo, Bolsonaro afirmou que houve tentativas de tributar o método de pagamento instantâneo, mas ele se opôs a essa ideia, destacando que a “palavra final” sobre o tema foi dele. O ex-presidente explicou que o atual governo não pretende taxar o Pix diretamente, mas que busca alternativas de arrecadação, possivelmente por meio do Imposto de Renda.
Em resposta às críticas, Bolsonaro sugeriu que a expansão da fiscalização sobre o Pix seria uma forma do governo tentar arrecadar mais recursos, especialmente de pessoas com menor poder aquisitivo. Ele mencionou que a criação de um imposto semelhante à antiga CPMF, com taxas menores, poderia gerar grandes volumes de recursos, estimando que as movimentações diárias do Pix poderiam gerar até R$ 100 bilhões mensais. O ex-presidente também expressou desconfiança em relação à postura do governo atual, acusando-o de tentar explorar essa via de arrecadação.
A criação do Pix, implantado em 2020 durante o governo Bolsonaro, visava facilitar transações financeiras instantâneas e sem custos para os usuários. No entanto, durante a gestão do ministro da Economia Paulo Guedes, houve discussões sobre a possibilidade de tributar transações digitais. Apesar de a ideia ter sido defendida por alguns membros do governo, ela foi descartada. Bolsonaro mencionou que um dos membros de sua equipe chegou a sugerir a cobrança de uma taxa, mas essa proposta foi prontamente rejeitada e o Pix foi lançado como uma alternativa sem custos adicionais.