O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o declarou inelegível até 2030, classificando as condenações como ataques à democracia. Durante entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, o político comparou a situação com o que ocorre na Venezuela, onde opositores também são considerados inelegíveis. Bolsonaro não descartou a possibilidade de reverter essa decisão, mas evitou comentar se acredita em uma mudança até as eleições presidenciais de 2026. Também não se posicionou sobre um eventual plano B, caso não consiga concorrer.
Em relação ao cenário eleitoral futuro, Bolsonaro avaliou que, caso não possa disputar a presidência, seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, poderiam ser alternativas. Ele também mencionou a possibilidade de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ser uma candidata, embora tenha recuado depois sobre essa possibilidade. Além disso, o ex-presidente se manifestou sobre a candidatura de Marcos Pontes ao Senado, criticando a postura do ex-ministro da Ciência e Tecnologia por disputar a eleição à revelia do partido, que apoia Davi Alcolumbre para a presidência do Senado.
Bolsonaro também abordou a cassação da deputada federal Carla Zambelli, apoiando a parlamentar e classificando a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo como um abuso de liberdade de expressão. A cassação de Zambelli, no entanto, não impede imediatamente o exercício de seu mandato, pois cabe recurso. O ex-presidente ainda destacou que, para 2026, a prioridade do PL será garantir bons espaços no Senado, mencionando a importância das eleições para senadores no próximo ano.