O ex-presidente Jair Bolsonaro expressou indignação após o ministro Alexandre de Moraes negar seu pedido de devolução do passaporte, requisitado para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos e participar da posse do presidente eleito, Donald Trump. Bolsonaro afirmou que não se tratava de um evento pessoal, mas de um momento importante para a democracia, o que aumentou sua frustração com a decisão. Apesar da negativa, o ex-presidente afirmou que seus advogados recorreriam da decisão, embora reconhecesse que as chances de sucesso eram pequenas.
A solicitação de Bolsonaro foi motivada pelo convite formal que ele recebeu para comparecer à cerimônia de posse em Washington. O convite foi feito por um endereço eletrônico desconhecido e sem detalhes suficientes sobre a programação, o que gerou dúvidas e levou Moraes a solicitar mais informações. Mesmo assim, a defesa de Bolsonaro argumentou que o evento tinha um caráter institucional e deveria ser considerado um caso especial.
Com a negativa de Moraes, Bolsonaro anunciou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, representará a família no evento, destacando a relação de amizade e respeito que o ex-presidente tem com o novo mandatário dos Estados Unidos. A decisão do ministro se alinhou ao parecer da Procuradoria-Geral da República, que considerou não haver justificativa pública para flexibilizar a restrição imposta ao ex-presidente, cuja viagem foi associada a investigações relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado.