O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou em entrevista no canal AuriVerde Brasil sua insatisfação com a decisão do senador Marcos Pontes (PL-SP) de lançar sua candidatura à presidência do Senado. Bolsonaro considerou o ato lamentável, especialmente porque a candidatura foi apresentada sem o aval do PL, o partido ao qual ambos pertencem. O ex-presidente ressaltou o apoio que deu a Pontes nas eleições passadas, questionando a atitude do senador e criticando a falta de representatividade e influência dele no Senado. Bolsonaro também mencionou a candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP), a qual já havia apoiado para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado.
Em relação ao futuro político, Bolsonaro fez uma avaliação crítica sobre a situação atual do Senado, mencionando que a proposta de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, que poderia beneficiá-lo, tem pouca chance de prosperar devido à correlação de forças no Senado. O ex-presidente indicou que, para garantir maior poder político na Casa, seria necessário lançar uma candidatura mais forte, como a de Rogério Marinho (PL), destacado articulador político. Bolsonaro também falou sobre suas expectativas para as eleições de 2026, mencionando que, com o apoio de centro-direita e direita, seria possível eleger 40 senadores.
Bolsonaro também fez duras críticas a antigos aliados, incluindo a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), a quem chamou de ineficaz. A crítica foi parte de uma análise mais ampla sobre a necessidade de mudanças no partido e na estratégia política para o futuro. Ele lembrou que alguns de seus ministros e aliados no passado não alcançariam cargos importantes sem seu apoio, como no caso de Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura. As divisões internas e as desavenças com ex-aliados refletem um cenário de incertezas e ajustes para o ex-presidente, que segue reavaliando suas alianças políticas.