O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende ocupar a primeira vice-presidência do Senado para viabilizar a votação de um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Bolsonaro destacou que, caso o atual favorito para a presidência da Casa, Davi Alcolumbre, esteja ausente, o vice-presidente poderia colocar em pauta a proposta de perdão para os presos. O ex-presidente argumentou que não seria possível esperar até 2026 para que o futuro presidente de direita, se eleito, tomasse posse e avançasse na anistia.
A estratégia do PL envolve uma negociação para colocar um aliado próximo de Bolsonaro na vice-presidência do Senado, com o objetivo de assegurar a tramitação de temas de interesse da base bolsonarista. A proposta de anistia, que atualmente está na Câmara dos Deputados, segue dividindo opiniões, com o PL ameaçando obstruir as votações caso a pauta não avance. Bolsonaro também criticou a postura de políticos que resistem a colocar o texto em apreciação e indicou que a obstrução será uma medida para pressionar o andamento da proposta.
Além disso, Bolsonaro se defendeu das acusações relacionadas aos atos de 8 de janeiro, argumentando que sua ausência no Brasil naquele dia, quando estava nos Estados Unidos, demonstra sua falta de envolvimento com o ocorrido. Ele minimizou as alegações de tentativa de golpe e ressaltou que sua estadia no exterior foi tranquila, rejeitando qualquer vínculo com o evento. O ex-presidente também respondeu a críticas sobre sua postura após as eleições de 2022 e os desdobramentos dos inquéritos em andamento.