As bolsas europeias encerraram a sexta-feira, 17, com ganhos generalizados, impulsionadas pela expectativa de flexibilização monetária por parte dos principais bancos centrais. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,69%, registrando 523,65 pontos. Esse movimento foi sustentado pela queda nos rendimentos dos títulos soberanos, tanto da zona do euro quanto dos Estados Unidos, o que favoreceu as ações. Embora a inflação ainda se mantenha alta, especialmente após o Eurostat confirmar uma aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) na zona do euro para 2,4% em dezembro, a esperança de uma política monetária mais flexível gerou otimismo nos mercados.
Na Alemanha, o DAX subiu 1,17%, e em Milão, o FTSE MIB teve alta de 1,35%. A cautela do Banco Central Europeu (BCE) em relação à normalização da política monetária é destacada, principalmente diante das incertezas econômicas e da inflação persistente. Joachim Nagel, presidente do Banco Central da Alemanha, reforçou a necessidade de um ritmo mais gradual para a normalização das taxas de juros, especialmente com a inflação pressionando o aumento de preços nos serviços. Já no Reino Unido, o declínio nas vendas do varejo ampliou as apostas em cortes de juros pelo Banco da Inglaterra.
Além disso, o mercado de ações registrou movimentações específicas, com destaque para a possível fusão entre as mineradoras Rio Tinto e Glencore, que elevaram os papéis dessas empresas em Londres. O FTSE 100 subiu 1,35%. Por outro lado, a Maersk viu uma queda de 2,03% em seus papéis após anunciar que ainda é cedo para retomar o uso da rota do Mar Vermelho devido a riscos geopolíticos. A alta do Ibex35 em Madri e do PSI20 em Lisboa também contribuiu para o otimismo nas bolsas europeias nesta sexta-feira.