As bolsas europeias registraram uma maioria de altas nesta terça-feira (14), após duas sessões de quedas e aumento nos juros de títulos soberanos. A recuperação foi impulsionada por uma percepção de alívio em relação às políticas tarifárias do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e por dados mais suaves de inflação no país. No entanto, as ações de empresas de energia, que haviam subido recentemente, sofreram pressão devido à correção nos preços do petróleo.
O índice Stoxx 600, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 0,07%, enquanto o Deutsche Bank observou que o sentimento de risco melhorou com expectativas de uma implementação gradual das tarifas de Trump. Além disso, o aumento menos acentuado do Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos EUA e a estabilidade do núcleo da inflação em dezembro foram vistos como sinais positivos pelos investidores. No cenário europeu, o primeiro-ministro francês François Bayrou reafirmou a meta de déficit fiscal de 5,4% do PIB para 2025, além de destacar a importância das reformas, incluindo a da previdência, tema controverso no Parlamento.
O Reino Unido também viu avanços, com a ministra das Finanças, Rachel Reeves, reafirmando o compromisso com a sustentabilidade fiscal, apesar das turbulências nos mercados de Gilts. As ações de empresas de luxo, como o grupo italiano Brunello Cucinelli, impulsionaram os mercados após resultados positivos. O FTSE MIB de Milão teve alta de 0,93%, enquanto o DAX de Frankfurt subiu 0,64%. Já o FTSE 100 em Londres sofreu queda de 0,28%, pressionado pelas ações de commodities. Em Madrid e Lisboa, os índices Ibex 35 e PSI 20 fecharam em alta.