As bolsas da Europa encerraram o pregão de terça-feira, 14, em sua maioria em alta, após duas sessões consecutivas de quedas e aumento nos juros de títulos soberanos. O alívio no mercado foi impulsionado pela expectativa de que o governo de Donald Trump implemente as tarifas de maneira gradual, além de dados de inflação mais amenos nos Estados Unidos. Contudo, o setor de energia, que havia apresentado bom desempenho nos últimos dias, enfrentou pressão devido à correção nos preços do petróleo.
O índice Stoxx 600, referência do mercado europeu, fechou com leve queda de 0,07%. A análise do Deutsche Bank sugere que a recuperação do apetite por risco se deve, em grande parte, à moderação nas políticas tarifárias de Trump, conforme reportado pela Bloomberg, e à inflação mais baixa do que o esperado nos EUA. Além disso, o anúncio do primeiro-ministro da França sobre a meta fiscal de 5,4% do PIB em 2025 gerou discussões sobre o orçamento do país, adicionando instabilidade à política francesa.
Os mercados também foram impulsionados por bons resultados de empresas de luxo, com destaque para o grupo Brunello Cucinelli, que reportou uma receita acima das expectativas no quarto trimestre, mesmo diante de um cenário de desaceleração da demanda. O mercado de ações italiano e francês se beneficiaram dessas notícias, com o FTSE MIB e o CAC 40 registrando altas. Em Londres, o FTSE 100 teve uma leve queda devido à pressão do setor de commodities, enquanto os índices de Frankfurt, Madri e Lisboa apresentaram desempenho positivo.