As bolsas europeias encerraram o primeiro dia de 2025 em alta, impulsionadas pelo setor de energia, que se beneficiou da valorização das cotações do petróleo no mercado internacional. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,61%, refletindo um otimismo moderado, apesar de dados econômicos fracos na região. Indicadores de gerentes de compras (PMI) revelaram uma desaceleração no setor industrial, com destaque para a queda acentuada do PMI da França, que atingiu o menor nível desde maio de 2020, em um cenário de crise política interna.
Além disso, o Banco Central Europeu (BCE), por meio de sua presidente Christine Lagarde, reafirmou sua meta de trazer a inflação na zona do euro para 2% até 2025, após um avanço no controle da inflação em 2024. Contudo, o impacto do aumento dos preços da energia, exacerbado pela interrupção do fornecimento de gás russo pela Ucrânia, mantém uma pressão sobre a indústria europeia. Essa dependência maior de importações de energia deverá manter os preços mais elevados do que nos Estados Unidos, embora, segundo analistas, isso não altere as previsões de inflação ou de taxas de juros.
Os mercados de ações europeus refletiram essa dinâmica. Em Londres, as petroleiras BP e Shell avançaram, ajudando o índice FTSE 100 a registrar uma alta de 1,07%. Já em Frankfurt, o DAX subiu 0,48%, enquanto em Madri e Milão os índices Ibex 35 e FTSE MIB apresentaram altas modestas. Em Paris, o setor de bens de luxo teve um desempenho negativo, com grandes marcas como Kering e Hermès registrando perdas, pressionadas por uma desaceleração da demanda na China, o que limitou a alta do índice CAC 40 a apenas 0,18%.