A Boeing passou por um ano difícil em 2024, enfrentando uma série de problemas, muitos dos quais se estenderão em 2025. O incidente com o voo da Alaska Airlines, ocorrido no início de janeiro de 2024, é um exemplo das dificuldades contínuas da empresa, cujas ações caíram drasticamente ao longo do ano. A companhia se viu no centro de diversas investigações federais após falhas de segurança em seus aviões, incluindo a descoberta de problemas relacionados à falta de parafusos em uma das aeronaves.
Além disso, a Boeing lidou com um acordo judicial no qual se declarou culpada por enganar a Administração Federal de Aviação (FAA) durante a certificação do 737 Max, o que resultou em multas e na imposição de uma supervisão externa. A empresa também enfrentou problemas com o lançamento de sua nave espacial Starliner, que teve falhas nos testes e não conseguiu cumprir com os compromissos com a NASA, atrasando o retorno dos astronautas à Terra. As perdas financeiras se somaram a esses contratempos, com a Boeing registrando prejuízos significativos e a possibilidade de ser rebaixada no mercado de crédito.
A greve de trabalhadores em setembro e os atrasos no lançamento do 777X também afetaram a produção da Boeing, que anunciou cortes em sua força de trabalho para reduzir custos. O cenário é desafiador, com a empresa acumulando bilhões em perdas desde 2019 e enfrentando um ano de incertezas, com a aprovação de novos modelos de aeronaves pendente e uma recuperação financeira difícil à vista.