O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1 bilhão para a Raízen Energia, com o objetivo de construir uma usina de etanol de segunda geração (E2G) em Andradina, no Estado de São Paulo. A usina terá capacidade para produzir até 82 milhões de litros de etanol por ano, utilizando resíduos do processo convencional, como o bagaço da cana-de-açúcar, para a produção do biocombustível. Essa tecnologia é considerada mais sustentável, com uma pegada de carbono significativamente menor em comparação com o etanol convencional e a gasolina.
A produção de etanol de segunda geração é um avanço importante na indústria de biocombustíveis, pois utiliza enzimas especializadas para extrair açúcares da celulose dos resíduos da cana, que depois são fermentados para gerar o etanol. A Raízen já iniciou operações de teste em novas plantas de E2G e, até a safra 2024/2025, a empresa pretende alcançar uma capacidade de produção de 278 milhões de litros de etanol celulósico. O biocombustível tem aplicações promissoras, incluindo em combustíveis para aviação sustentável, hidrogênio verde e combustível marítimo, o que tem atraído interesse crescente de setores em busca de soluções para a descarbonização.
O projeto de construção da usina em Andradina faz parte de um investimento total de R$ 1,4 bilhão pela Raízen e deve gerar mais de 1.500 empregos diretos durante a fase de construção, além de 200 empregos permanentes durante a operação. O financiamento será viabilizado por meio do Programa BNDES Mais Inovação e do Fundo Clima, que fornecerão, respectivamente, R$ 500 milhões cada para apoiar a inovação e a sustentabilidade do projeto.