O Bitcoin atingiu um recorde histórico de US$ 109.241 na manhã de segunda-feira (20), mas sofreu uma queda logo em seguida, estabilizando em torno de US$ 100.952 às 12h45, horário de Nova York. Esse movimento ocorreu em meio à posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos, seu segundo mandato. O destaque da semana foi o lançamento do token digital do ex-presidente, que agitou os mercados de criptomoedas, com seu memecoin alcançando uma capitalização de mercado superior a US$ 15 bilhões, antes de sofrer uma queda acentuada.
Os memecoins lançados por Trump e sua esposa, Melania, tiveram grande impacto no mercado, desviando fluxos de investimento do Bitcoin e gerando críticas, inclusive de executivos do setor. No entanto, os investidores parecem ter abraçado a ideia de que a postura de Trump pode impulsionar políticas favoráveis à indústria de criptomoedas, o que alimenta a especulação de um cenário mais positivo para o setor. Durante sua campanha, Trump havia prometido tornar os EUA a capital mundial das criptomoedas, e agora parece disposto a adotar medidas que consolidem o país nesse papel, como o estabelecimento de um estoque estratégico de Bitcoin.
Apesar de seu caráter volátil, os memecoins lançados pela equipe de Trump geraram discussões sobre o futuro regulatório das criptomoedas. A novidade foi que grandes exchanges como Coinbase, Binance e Robinhood anunciaram a inclusão do token em suas plataformas. O fornecimento do memecoin está previsto para crescer ao longo dos próximos três anos, com uma quantidade inicial de 200 milhões de tokens e uma emissão total de 1 bilhão. Para analistas do setor, o movimento reforça a percepção de que o Bitcoin e outros ativos digitais podem contar com o respaldo das políticas governamentais dos EUA, representando uma oportunidade significativa para os mercados.