No dia 20 de janeiro de 2025, grandes nomes do setor de tecnologia estiveram presentes na cerimônia de posse de Donald Trump, incluindo Elon Musk, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg e Sundar Pichai. A presença desses executivos, que têm sido figuras centrais no debate sobre práticas de monopólio e regulação, foi um sinal claro de aproximação com o novo governo, algo que contrasta com o cenário de confrontos anteriores, como as audiências no Congresso de 2020 sobre práticas anticompetitivas. Na ocasião, essas empresas enfrentavam investigações severas, mas agora parece haver uma reconfiguração nas relações entre os gigantes da tecnologia e a administração Trump, com promessas de maior liberdade econômica e mais flexibilidade regulatória.
Musk, que recentemente assumiu um cargo no governo, tem sido um dos principais aliados de Trump no setor, assim como outros executivos como Zuckerberg. Este último, que no passado foi um crítico da abordagem de Trump sobre moderação de conteúdo, agora busca distensionar as relações, exemplificado por gestos como um jantar em Mar-a-Lago e doações para a posse. Além disso, a Meta anunciou recentemente mudanças nas diretrizes de conteúdo, favorecendo mais liberdade de expressão, algo que agradou apoiadores de Trump. A presença também de Shou Chew, CEO do TikTok, em meio a discussões sobre a rede social nos EUA, acrescenta outra camada ao complexo cenário político e econômico em que essas empresas estão inseridas.
A mudança de postura dos líderes do setor de tecnologia é vista como uma tentativa de se adaptar a um novo ciclo político, com Trump prometendo um segundo mandato mais transformador. Especialistas apontam que, diante de desafios como processos antimonopólio e disputas regulatórias, as grandes corporações preferem se alinhar com o novo governo em vez de se opor a ele. Contudo, nem todos estão satisfeitos com essa aproximação, com algumas figuras do círculo conservador de Trump expressando críticas, como o ex-estrategista Steve Bannon, que questiona a lealdade de Musk e outros bilionários à agenda do movimento. A relação entre os executivos de tecnologia e Trump, portanto, continua sendo um ponto de tensão e incerteza política.