O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu retirar Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, uma mudança influenciada por pedidos internacionais, incluindo o do presidente brasileiro Lula. A Casa Branca afirmou que não há evidências suficientes para justificar a permanência de Cuba nessa lista, destacando que a medida visa criar um ambiente favorável à promoção dos direitos humanos na ilha. Em resposta, o governo cubano anunciou a libertação de 553 prisioneiros, um gesto que pode ser interpretado como uma sinalização de boa vontade por parte do regime cubano.
A libertação dos prisioneiros ocorrerá em um futuro próximo, com a possibilidade de alguns detidos serem liberados antes do término do mandato de Biden. Apesar dessa mudança, a decisão pode ser revista por um eventual governo de Donald Trump, que adota uma postura mais rigorosa em relação a Cuba. A administração Biden, no entanto, defende que a revogação tem o objetivo de promover a libertação de defensores dos direitos humanos e daqueles presos durante os protestos de julho de 2021.
Cuba foi classificada como patrocinadora do terrorismo em 2020, durante o governo Trump, o que resultou em sanções severas que prejudicaram a economia cubana. Ao assumir a presidência, Biden se comprometeu a revisar essa política, mas só agora tomou a decisão de revogar a designação, após um período de avaliações e gestões com diferentes atores, incluindo a Igreja Católica. A Casa Branca espera que o gesto possa contribuir para um ambiente mais favorável ao diálogo e à melhoria das condições de direitos humanos na ilha.