O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a flexibilização das sanções contra Cuba, um movimento esperado para melhorar a situação econômica do país caribenho. Essa decisão ocorre poucos dias antes da posse de Donald Trump e inclui o cancelamento de algumas medidas adotadas por seu antecessor, como a remoção de Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo, além de facilitar as transações financeiras envolvendo o governo cubano e seus militares. A medida visa contribuir para a libertação de prisioneiros políticos em Cuba, uma vez que o governo comunista negocia com a Igreja Católica.
O anúncio de Biden surge após intensas críticas contra Cuba devido à prisão de centenas de manifestantes, principalmente após os protestos de julho de 2021. Organizações de defesa dos direitos humanos, tanto nos Estados Unidos quanto na União Europeia, condenaram as ações do governo cubano. Ao flexibilizar as sanções, Biden busca abrir um espaço maior para Havana lidar com a grave crise econômica que o país enfrenta, agravada pelas políticas restritivas de Trump, que incluem o isolamento financeiro e geopolítico de Cuba.
Com a possibilidade de Trump reverter essas mudanças, as novas medidas de Biden marcam uma tentativa de reorientar a política dos EUA em relação à ilha, visando facilitar um possível processo de reforma interna em Cuba. A suspensão da capacidade de cidadãos entrarem com processos sobre propriedades confiscadas após a Revolução de 1959 também faz parte dessa reavaliação das restrições, oferecendo uma nova dinâmica para os próximos governos.