O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no último domingo (12), com foco nos esforços para alcançar um cessar-fogo em Gaza e garantir a libertação de reféns antes do término do mandato de Biden, em 20 de janeiro. A Casa Branca informou que ambos discutiram o progresso nas negociações em andamento e a necessidade urgente de uma pausa nos combates para permitir um aumento da ajuda humanitária. Biden destacou a importância do retorno dos reféns e a interrupção das hostilidades, de acordo com um comunicado oficial.
As negociações estão sendo conduzidas em Doha, onde autoridades israelenses e palestinas mencionam ter feito avanços, embora o acordo ainda não tenha sido fechado. O conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, revelou que as partes estão muito próximas de alcançar um entendimento, mas que ainda existem obstáculos. O Hamas, principal grupo militante da região, é apontado como um fator decisivo nas discussões, com alguns analistas indicando que o grupo pode continuar com sua postura intransigente.
O conflito em Gaza teve início em outubro de 2023, após ataques do Hamas que resultaram em mais de 1.200 mortes e o sequestro de dezenas de reféns. Desde então, o número de vítimas fatais aumentou significativamente, com mais de 46 mil mortos, segundo autoridades palestinas. A crise humanitária em Gaza se agrava, com a população majoritariamente deslocada e a infraestrutura local em ruínas. Enquanto isso, o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, J.D. Vance, expressou a expectativa de que um possível acordo de libertação de reféns seja alcançado nos últimos dias da administração Biden.