O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja anunciar, nesta terça-feira (14), a retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, uma medida que ainda não foi confirmada oficialmente. Fontes familiarizadas com o assunto, que pediram anonimato, informaram que a decisão de Biden pode ser revertida rapidamente, já que o novo presidente eleito, Donald Trump, deve retomar a política de sua administração anterior logo após assumir o cargo. Trump e seu futuro secretário de Estado, Marco Rubio, são críticos de Cuba e defendem a manutenção de sanções à ilha.
A retirada de Cuba dessa lista é vista como parte de um esforço do governo Biden para melhorar as relações com o país, que já havia sido retirada dessa lista durante o governo de Barack Obama, no contexto de uma aproximação diplomática. No entanto, a decisão foi revertida por Trump em 2021, quando ele alegou o apoio de Cuba ao regime venezuelano e outras questões diplomáticas como justificativa para a medida.
Grupos de direitos humanos e organizações como a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos pressionam a administração Biden a manter Cuba fora dessa lista. A disputa sobre a inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo reflete um debate contínuo sobre a política externa dos Estados Unidos em relação à ilha e à América Latina, com diferenças significativas entre os governos de Biden e Trump.