O presidente dos Estados Unidos anunciou uma ampla proibição à exploração de petróleo e gás offshore em grande parte das águas federais costeiras do país. A medida, respaldada pela Lei de Terras da Plataforma Continental Externa, visa proteger áreas no leste e oeste das costas dos EUA, no leste do Golfo do México e no norte do Mar de Bering, no Alasca, abrangendo cerca de 625 milhões de acres de oceano. A decisão está alinhada com metas climáticas que incluem a conservação de 30% das terras e águas do país até 2030 e reflete preocupações ambientais e de saúde pública, mencionando impactos históricos, como o desastre da Deepwater Horizon.
A medida restringe futuros arrendamentos para exploração nessas áreas, reconhecendo o baixo potencial de perfuração e os elevados riscos associados. Biden argumentou que a proteção dessas regiões é essencial para a preservação de ecossistemas e das comunidades costeiras que dependem de litorais saudáveis. A iniciativa reforça compromissos climáticos assumidos durante seu mandato e segue decisões similares feitas por administrações anteriores para proteger o Ártico e o Oceano Atlântico.
Enquanto grupos ambientais celebraram a decisão como uma vitória para a preservação ambiental e comunidades costeiras, representantes da indústria de petróleo e gás expressaram preocupações sobre impactos na segurança energética do país. Eles pediram ao Congresso que reverta a decisão, considerada politicamente motivada. No entanto, especialistas destacam que reverter essas proibições não é uma atribuição presidencial direta, conforme interpretações judiciais recentes sobre a Lei de Terras.