Belém, a capital do Pará, completa 409 anos neste domingo (12), celebrando uma rica história que remonta a séculos antes da chegada dos portugueses. Originalmente habitada pelos Tupinambás, a região era conhecida como Mairí, termo da língua tupi que significava “ocupação” e indicava a presença de uma sociedade organizada com atividades comerciais e de subsistência. Antes da chegada de Francisco Caldeira Castelo Branco em 1616, a área já funcionava como um importante centro de trocas e comércio, possivelmente no local onde hoje se encontra o Mercado do Ver-O-Peso.
O nome “Belém”, que substituiu o antigo “Mairí”, tem uma forte conexão com a cultura portuguesa e católica, sendo uma referência a Santa Maria de Belém do Grão-Pará, dado pelos colonizadores. O contexto da fundação de Belém envolveu a construção de um forte estratégico, essencial para a defesa da coroa portuguesa na região amazônica. A cidade passou a ser um ponto-chave tanto para a ocupação quanto para o controle do vasto território. Esse processo de colonização e o nome dado à cidade refletiam o desejo de cristianizar e consolidar o domínio português sobre as terras amazônicas.
Apesar da simplificação do nome para apenas “Belém”, as influências dos povos originários continuam a fazer parte da identidade da cidade. A herança cultural dos Tupinambás é visível na culinária local, como o uso do açaí, da mandioca e do tucupi, além de manifestações culturais que marcam o cotidiano da população. Ao longo dos anos, Belém evoluiu de um pequeno assentamento indígena para uma grande metrópole amazônica, mantendo viva a memória de seu passado ancestral, enquanto se prepara para ser sede da COP 30.